domingo, 6 de maio de 2012

Estrela do amanhã


Eu caminho por uma estrada,
me deparo com mais de um caminho a seguir.
Como é difícil escolher que direção tomar
quando você no fundo ainda é uma criança
que já sabe amar.

Tenho medo de errar
de me enganar e
acabar no fundo de um abismo qualquer.
Tenho medo de no final
ser abraçada pela infelicidade em algum quarto escuro.

Mas alguma luz me alcançará,
o sol brilhará amanhã
e uma estrela me guiará
quando a hora certa chegar.

Ainda me sinto desmoronando.
O que fazer agora?

Uma estrela me guiará.
Uma estrela me guiará.

Me sento sozinha
e desabo a chorar.
Ninguém pode me dizer o que fazer agora.
Está tudo em minhas mãos
a história é minha
e sou eu quem deve escrever o final.

Então minha estrela brilhará amanhã
e me ajudará a escolher o caminho.
Não vou me perder
quando anoitecer.
Basta confiar,
a luz não se apagará.


Lara Cristina Veiga Bernardo   09/02/2012

Distante


Está esfriando em pleno verão
e eu sinto como se o calor estivesse indo embora
e nunca mais fosse voltar.
Uma corrente fria me atravessa
congelando a pele e os ossos.

Não sei bem o que está acontecendo comigo,
mas eu sinto medo.
Um sentimento ruim me aperta, me sufoca
me fazendo ficar sem ar.
Sinto como se fosse te perder a qualquer momento.

Olho em volta e percebo que você está cada vez mais distante.
Pode até ser loucura minha,
mas estou com um mal presentimento.

Me sinto culpada
por tudo o que aconteceu.
Não sei o que fazer agora,
só sei que se te perder
me perderei num labirinto de escuridão
e não desejarei ser encontrada.

Não quero ver as estrelas se apagarem
como vejo agora.
Só quero que você fique,
fique aqui ao meu lado
vendo-as acender novamente.

Como desejo estar errada!
Me mostre que estou,
por favor!

Se lembra de quando me prometeu um pedido?
Eu ainda não disse qual o meu desejo.
Peço agora,
por favor, não vá embora!
Se sente ao meu lado e me abrace
para que juntos  possamos ver
o sol voltar amanhã.


Lara Cristina Veiga Bernardo   30/01/2012 - 31/01/2012

Cnção das estrelas


Ontem eu sentei no peitoril da janela,
o céu estava nublado e as estrelas apagadas.
Depois de uma tempestade as nuvens encobriam o brilho.
Mas quando olhei para cima vi
uma única estrela,
solitária e um pouco ofuscada pelo vestígio da chuva,
mas ela ainda brilhava.

Comecei então a cantar para ela.
E conforme minhas palavras ganhavam força,
conforme a melodia me envolvia,
ela começou a brilhar cada vez mais,
as nuvens se afastaram dela
e em sintonia comigo pôs-se a cantar.
Logo, as outras acompanharam
e começaram a brilhar
como as estrelas dos meus olhos.

Aquela luz celestial me encobriu
e logo estava iluminada pelos céus.
Assim comecei a conversar com as minhas velhas amigas.
Elas mais uma vez me ouviram
cantar sobre aquela tarde olhando o sol se pôr ao seu lado.

Então, meu querido anjo,
mais uma vez eu falava de você.
Mais uma vez me vejo banhada pelas estrelas
e repito o seu nome agora.
Não vou economizar palavras para te descrever.
Vou dizer a elas que te amo.
E antes de dormir ouvirás um sussuro,
"Eu amo você".


Lara Cristina Veiga Bernardo   17/01/2012