sexta-feira, 7 de maio de 2010

A neblina.


Procigo por uma neblina sem fim.
Não é possivel enxergar nada a frente.
Quanto mais distante,
mais é difícil ver o que me aguarda.
Mas ao olhar para tráz,
vejo o que percorri,
a neblina abril caminho para que eu o veja.
O vejo e não me arrependo
de o ter aberto.

Por mais que muitas vazes
a neblina traga orvalho
e me faça chorar,
eu tenho consciência
de que fui eu que quiz iniciar a caminhada.
E logo procigo,
Procurando abrir um novo e melhor caminho.

Mas se no meio
desse caminho de neblina
eu encontrar a morte,
não vou teme-la,
Pois essa morte é de um coração,
apenas um coração abandonado,
perdido pelo amor.
Que se transforma em vida,
com início, meio e fim.
E que o fim
é a morte.
E assim como a vida,
o amor é ótimo
enquanto dura,
mas quando morre,
dói uma dor sem fim.
E é eterna,
pois não volta nunca mais.

E eu mudo de direção,
procuro outra neblina,
outro orvalho,
outro caminho a percorrer.
E ao saber que um belo dia
esse caminho acabará com a morte do coração,
eu não temo,
apenas não olho nunca mais
para o passado temeroso
e perdido pelo tempo
e pela neblina.
O passado que foi
eterno enquanto durou.
E o outro caminho
pode parecer melhor e com menos orvalho que o perdido,
mas no final,
são todos iguais.

Lara Bernardo 30/06/09

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